Visita de estudo a Aveiro
O dia da visita de estudo a Aveiro foi muito interessante. Primeiro fomos visitar as salinas e a seguir o Lugar dos Afectos. A viagem foi bastante longa o que sucedeu a uma grande demora. E foi só ao fim de bastante tempo que nós parámos para comer o lanche do meio da manhã. Mas o pior de tudo ainda foi os colegas que estavam atrás, no autocarro, é que aquilo era uma barulheira infernal pois nunca ninguém se calava.
Ainda me lembro que chegámos a Aveiro às onze horas pois o meu colega do lado olhou para o telemóvel. Primeiro andámos às voltas para queimar tempo e para muitos aproveitarem e tirarem algumas fotografias. Tínhamos finalmente chegado ao Ecomuseu (Marinha) da Troncalhada, ou seja, as salinas. No ponto mais alto das salinas aguardava-nos uma senhora de chapéu.
Quando nos juntámos todos a senhora explicou-nos várias coisas como o moliço. É que o moliço é feito de plantas e lamas mas não é nenhuma planta. E a coisa mais estranha são os caminhos das salinas pois são todos feitos de moliço. Um dos aspectos que a senhora nos contou foi a diferença entre o sal marinho e o sal de laboratório. É que o sal marinho é composto por cloro, sódio, magnésio, ferro…Enquanto que o outro é só composto por cloro e sódio podendo dar-lhe o nome de cloreto de sódio (sal). Também aprendemos como se extraía o sal, ou seja, o seu processo. A senhora explicou que todas as plantas que ali se encontravam ajudavam a reter a poluição. O que me espantou mais foi o facto de jovens entre os dezasseis e dezoito anos também terem que ir para lá trabalhar tendo o nome de moços. Quando a senhora estava a explicar sobre a diferença dos barcos que transportam moliço e os que transportam sal, eu senti um forte desejo em vê-los aos dois pois o do moliço é mais decorativo e o do sal pode só ter uma flor atrás ou à frente.
Quando nos disseram para irmos andar entre as salinas chamaram-nos à atenção para os pássaros perna longa e para não pisar os ovos nem tocar nos recém-nascidos. O que mais me impressionou foi o facto de estar a andar por cima de moliço, de ter visto os ovos do perna longa e o próprio pássaro, mas no meio disto tudo o melhor foi ter visto a planta salicórnia.
Depois de termos andado pelas salinas fomos até ao palheiro onde aí a senhora explicou o porquê de troncalhada. É que Aveiro era uma região muito pobre em termos de madeira e toda a madeira que lhe chegava era através do rio Vouga e o que vinha era em troncos e por isso chama-se troncalhada, pois vem da palavra tronco.
Quando chegámos ao autocarro eram meio-dia e vinte e cinco minutos e por causa de termos andado por Aveiro só começámos a almoçar depois da uma, no parque D. Pedro. O almoço foi um espectáculo autêntico, porque foi só comer e comer. Passado um bocado chegou ao parque o filho da nossa professora, o Pedro. O que mais me impressionou nele foi a sua altura, é que aquilo era mesmo assustador: é que ele era uma torre! A seguir a almoçarmos fomos todos à casa de banho, o que acabou por demorar bastante tempo. Depois de tudo isto fomos para o autocarro e aí nunca mais vimos o filho da nossa professora, o Pedro.
A viagem para o Lugar dos Afectos ainda demorou algum tempo. Mas aí, o que me deixou de olhos em bico, foi mesmo o cemitério ser mesmo ao pé do Lugar dos Afectos! Quando chegámos ao local aguardado vimos maravilhas à frente dos nossos olhos pois tudo era simplesmente fantástico. Uma das guias levou-nos para a casa do Gostarzinho e aí explicou-nos a história da Graça Gracinha que fundou aquele lugar. A Graça Gracinha tinha-se tornado médica e para alegrar os seus pacientes ela criou jogos de tabuleiro que tinham a ver com afectos. A nossa guia, a Renata, explicou-nos como se jogava a um dos jogos. Nessa casa eu aprendi bastantes coisas principalmente com o jogo de tabuleiro. Quando fomos lá para fora a Renata explicou-nos o que é que significavam as outras casas e muitos outros espaços.
Até que chegou a uma parte em que apareceram uma série de afectos e nós tínhamos de escolher um. Por baixo de cada um estava um nome de uma planta que se tinha de plantar durante sete dias. O afecto que eu escolhi foi o respeito e a planta que me calhou foi a salsa.
A Renata disse que cada um de nós era uma estrela e para nos provar mostrou-nos várias janelas com estrelas que depois por cima de cada uma tinha um nome (eu consegui encontrar o meu nome). Depois disso fomos para a casa do Amor. Aí a Renata explicou-nos novamente coisas bastantes interessantes. Mas no meio disto tudo, na casa do Amor, o mais perigoso foi mesmo uma sala em que bastava tocar nuns panos e o vidro da mesa vinha na nossa direcção a grande velocidade.
A Renata disse que estávamos num livro e para nos mostrar isso ela pegou num livro e lá estava uma ilustração igualzinha à de uma zona de uma casa.
A seguir a tudo isto fomos comer um gelado e de seguida fomos logo para o autocarro. Durante a viagem parámos uma vez para lanchar. No terminal estava toda a gente à nossa espera quer seja pais, tios …Quanto aos meus colegas não sei, mas eu diverti-me imenso nesta viagem!
Miguel