A Inês no cabeleireiro


A Inês, no dia vinte e três de Abril, foi ao cabeleireiro.
- Tenho de me despachar para ir ao cabeleireiro – disse ela, com muita pressa.
Quando chegou ao cabeleireiro estava muito cansada porque estava farta de correr.
Sentou-se na sala de espera.
- O que quer fazer ao cabelo? – perguntou a cabeleireira.
- Quero cortar o cabelo – respondeu a Inês.
Pegou numa revista para passar melhor o tempo.
- Quer esticar também o cabelo ou só cortar? – perguntou a cabeleireira.
- Pode esticar o cabelo – respondeu a Inês entusiasmada.
- Posso ler aquela revista? – perguntou a Inês.
- Claro que sim – respondeu a cabeleireira.
Estiveram imenso tempo a arranjar o cabelo da Inês.
- Já está pronto – disse a cabeleireira.
- Muito obrigado, quanto lhe devo? – perguntou a Inês.
- Quinze euros – respondeu a cabeleireira.
Antes de ir para casa, a Inês foi lanchar à pastelaria. Estavam à sua espera, a Catarina, a Margarida e a Mariana. Acharam a Inês diferente. Depois de conversarem um pouco, foram para suas casas.
A Inês foi logo mostrar o seu novo penteado à família e aos amigos.
Todos disseram que estava muito bonita.
A Inês não quis deitar-se cedo nessa noite pois não queria estragar o penteado. Esteve a ver televisão até muito tarde. Quando deu por ela já estava a dormir no sofá.
No dia seguinte, levantou-se com uma grande dor de pescoço. A primeira coisa que fez foi ver-se ao espelho.
-Uau! Não estraguei o meu penteado – disse a Inês.
Depois de tomar o pequeno almoço, entrou no carro com os pais e foi para a escola toda contente!

Catarina

Banana 116


Era uma vez um rapaz que se chamava João.
O João usava uns enormes óculos pretos, umas calças muito largas, umas meias amarelas, uma camisola cinzenta e uns ténis vermelhos. Era mesmo muito foleiro!
O João, na sua escola, era conhecido como banana 116.
Não me perguntem porque é que lhe chamavam assim!
Sempre que o João punha um pé dentro da escola, ele era gozado por toda a gente.
Sempre que ia com aquela roupa ridícula para a escola, o filme era assim:
- Olha, olha o João parece um palhaço - dizia o Dinis.
O João sentia-se sempre muito triste!
Um certo dia, o João fez uma coisa que eu pensava que era impossível. QUEREM saber o que fez o João?
Bom, eu também não vos vou dizer, mas digo-vos outra coisa: o João deixou de ser gozado e passou a ser o rapaz mais popular da escola.

José Pedro

O amor de dois mundos


Era uma vez uma sereia chamada Lúcia que estava apaixonada. A Lúcia era uma sereia de cauda vermelha, olhos azuis e cabelo loiro.
Tal como já disse, a Lúcia estava apaixonada, mas o problema era que ela estava apaixonada por um humano que conhecera quando eram ambos umas crianças. O acontecimento foi assim: a Lúcia estava a cantar numa costa quando o rapaz apareceu:
- Que voz tão melodiosa. Quem estará a cantar? - perguntou o rapaz, encantado com a voz da Lúcia.
De repente, ele repara na Lúcia e também na sua cauda e entende que ela é uma sereia. Nesse preciso momento aparece uma onda gigante que quase o arrastava. Se não fosse a Lúcia, que o salvou, hoje ele estaria morto. A Lúcia levou o rapaz para outra costa e implorou que ele estivesse vivo:
- Por favor, que ele não esteja morto. Eu amo-o __ implorou a Lúcia, quase sem esperanças.
Por causa do amor da Lúcia pelo rapaz, o rapaz sobreviveu mas quando acordou, ela já tinha ido embora mas com esperanças de ele estar vivo.

Carolina Rodrigues

O acidente de Sara


__ Querida Sara, tenho de lhe dizer que infelizmente não poderá montar a cavalo até não saírem os resultados da operação à clavícula que acabou de fazer __ disse o médico à Sara que ainda estava meia zonza da anestesia.
Sara estava zonza mas mesmo assim ficou chocada com a notícia do médico. Sara sabia que a sua clavícula já estava mal há dois anos e também sabia que tinha agido mal depois do seu grave acidente. De repente uma brisa passou pela cara de Sara e esta teve uma visão do seu acidente. Nessa visão viu a Vitória à sua frente para ganhar o concurso de saltos de obstáculos. Faltavam quinze segundos para acabar a prova e ela já estava adiantada. Mas quando ía a saltar o último obstáculo o seu cavalo parou e ela “voou” para cima dos paus de maneira e bater com a clavícula no obstáculo.
No dia seguinte, Sara sentia-se com mais forças e o médico logo pela manhã foi dar-lhe alta. Sara fez as malas e deixou o seu quarto tão arrumado que o próximo doente se pôde deitar logo na sua cama. Depois de sair do hospital de Lisboa, Sara dirigiu-se ao seu carro, emprestado pelo pai, que já estava estacionado há duas semanas sem se mexer. Entrou no carro, largou um suspiro, fechou por uns segundos os olhos e uma segunda brisa passou-lhe pela cara e fazendo-a lembrar-se do cavalo que tinha montado no dia do seu acidente.
Embora não quisesse sair do hospital sem os resultados da operação, Sara pôs as mãos no volante e ligou o carro. Já na estrada Sara olhou à sua volta e sorriu pela primeira vez no dia. Estava contente por voltar para casa e por poder matar saudades dos seus cavalos e da sua família. Quando viu o portão da quinta em que ela vivia fez um sorriso ainda maior e apressou-se a entrar.
Quando estacionou o carro tirou as coisas e entrou em casa. Lá dentro estava o seu pai, a sua mãe e a sua irmã, sentados no sofá à sua espera. Mal ouviram o barulho da porta a fechar, toda a família se levantou e foi ter com a Sara.
-Sara, como é que estás? - perguntou a sua irmã mais velha, com um ar preocupada.
- Melhor, obrigada __ respondeu Sara.
- Filha, vai poisar as tuas coisas ao quarto e vem contar-nos tudo o que o médico te disse e como é que tu tens de ter cuidado e tudo, tudo, tudo __ pediu a mãe da Sara, curiosa e também um pouco preocupada.
Sara, antes de por as coisas no quarto, ainda cumprimentou todos e depois é que foi deixar tudo no seu quarto. À noite, pela hora do jantar, Sara contou que não poderia montar a cavalo por uns tempos e que nem tinha a certeza se poderia voltar a montar pois o seu acidente tinha sido mesmo muito grave.
Passaram-se dias e numa manhã bem cedo o telefone de casa começou a tocar. Sara, como já estava acordada, levantou-se do sofá e poisou a taça dos cereais na mesa pequena e foi atender o telefone.
Era um telefonema sobre os resultados da operação feita à clavícula. Sara podia voltar a montar. Sara teve de se conter para não dar um grito de alegria mas manteve o bico calado.
Agora Sara com muito cuidado monta o seu cavalo favorito “Weit” um garanhão preto lindo, muito simpático e nervoso.
(…)
__ Agora em pista temos “Weit” montado por Sara __ dizia o apresentador ao microfone.
Sim, Sara já estava novamente em pista a ganhar taças e a tornar-se a melhor cavaleira de obstáculos do mundo.

Madalena

A jornalista Clara


Era uma vez uma menina chamada Clara, tinha vinte e três anos e vivia em Lisboa.
A Clara adorava ler, era morena, tinha o cabelo liso e curto, era alta e magra e muito brincalhona e alegre.
A Clara tinha uma irmã pequena para sustentar e quase não tinha dinheiro.
Para a Clara conseguir o seu trabalho de jornalista tinha de fazer quatro entrevistas.
Essas entrevistas tinham de ser: a um menino de uma ”canção para ti” que era ao Miguei Guerreiro, outra ao Tony Carreira, outra a David Carreira e a última a Leandro.
Todas essas entrevistas correram bem.
A Clara conseguiu ganhar um trabalho e quando chegou a casa disse contente:
_ Eu consegui trabalho!
_ Boa, não sabes o quanto eu fico feliz!_ exclamou a irmã da Clara, contentíssima com a noticia.
E assim ela resolveu o problema.

Inês Sequeira

O sapo falante


Era uma vez um menino chamado João que tinha onze anos. Ele era baixo, os cabelos eram pretos e encaracolados e os olhos eram castanhos, muito escuros.
Ele estava em casa e não tinha nada que lhe apetecesse fazer, então decidiu ir dar uma volta.
Passado um bocado ele parou, ficou a admirar a paisagem e exclamou, fascinado:
_ Que bonita paisagem!
Aquele lugar quase parecia desértico, era muito bonito porque era todo verdejante e ali não se via nada queimado porque as pessoas sabiam tratar bem da floresta.
De repente, uma velhota tocou-lhe no ombro e perguntou:
_ Queres ir beber um chá comigo?
_ Não, já estava mesmo para me ir embora – disse ele, com medo que ela lhe fizesse mal.
No entanto, reflectiu melhor e, para não deixar a velhota desanimada, disse:
_ Está bem, eu vou.
A meio do caminho a velhota perguntou:
_ Como é que te chamas?
_ Eu chamo-me João e você?
_ Chamo-me Joana.
Quando chegaram a casa dela ele ficou a olhar lá para o cimo de tudo, parado e muito admirado. Então Joana perguntou – lhe:
_ Porque é que estás tão admirado, a olhar lá para cima?
_ Porque nunca vi nem estive dentro duma casa numa árvore.
Então lá entraram e foram para a cozinha. A velhota deu – lhe o chá. Conforme deu um golo transformou-se num sapo.
Muito assustado, só pensava como é que ia voltar para casa.
Então, quando ela estava distraída a olhar para a rua, saiu de casa porque a porta estava aberta.
Quando chegou a casa ele começou a fazer barulho na porta. A mãe dele foi logo ver o que se passava.
Abriu a porta e ele entrou. Içou muito surpreendida e sem saber o que dizer ou fazer. Chamou logo o pai e tiveram uma grande conversa.
Os pais deram-lhe o nome de “O sapo falante”
Então, a partir daí, ele ficou sempre “sapo falante” até que um dia uma menina lhe desse um beijo.

Cátia