O sapo falante
Era uma vez um menino chamado João que tinha onze anos. Ele era baixo, os cabelos eram pretos e encaracolados e os olhos eram castanhos, muito escuros.
Ele estava em casa e não tinha nada que lhe apetecesse fazer, então decidiu ir dar uma volta.
Passado um bocado ele parou, ficou a admirar a paisagem e exclamou, fascinado:
_ Que bonita paisagem!
Aquele lugar quase parecia desértico, era muito bonito porque era todo verdejante e ali não se via nada queimado porque as pessoas sabiam tratar bem da floresta.
De repente, uma velhota tocou-lhe no ombro e perguntou:
_ Queres ir beber um chá comigo?
_ Não, já estava mesmo para me ir embora – disse ele, com medo que ela lhe fizesse mal.
No entanto, reflectiu melhor e, para não deixar a velhota desanimada, disse:
_ Está bem, eu vou.
A meio do caminho a velhota perguntou:
_ Como é que te chamas?
_ Eu chamo-me João e você?
_ Chamo-me Joana.
Quando chegaram a casa dela ele ficou a olhar lá para o cimo de tudo, parado e muito admirado. Então Joana perguntou – lhe:
_ Porque é que estás tão admirado, a olhar lá para cima?
_ Porque nunca vi nem estive dentro duma casa numa árvore.
Então lá entraram e foram para a cozinha. A velhota deu – lhe o chá. Conforme deu um golo transformou-se num sapo.
Muito assustado, só pensava como é que ia voltar para casa.
Então, quando ela estava distraída a olhar para a rua, saiu de casa porque a porta estava aberta.
Quando chegou a casa ele começou a fazer barulho na porta. A mãe dele foi logo ver o que se passava.
Abriu a porta e ele entrou. Içou muito surpreendida e sem saber o que dizer ou fazer. Chamou logo o pai e tiveram uma grande conversa.
Os pais deram-lhe o nome de “O sapo falante”
Então, a partir daí, ele ficou sempre “sapo falante” até que um dia uma menina lhe desse um beijo.
Cátia