Os alunos do 4º ano prepararam uma dramatização com base no livro do Plano Nacional de Leitura: "O BOJADOR", de Sophia de Mello Breyner Andresen. A apresentação da peça decorreu durante a Semana da Leitura, no dia 22 de Março. De manhã, foi apresentada aos alunos do 5º ano e aos alunos do 4º ano, da Sobreira Formosa, à tarde foi apresentada aos alunos da Escola do 1º Ciclo.
Se eu fosse um lápis
Se eu fosse um lápis gostaria de pertencer a José Jorge Letria. Eu tenho a certeza que José Jorge Letria escreveria muitos livros comigo, como por exemplo, "O livro das receitas malucas.
Eu tenho a certeza que José Jorge Letria me levaria consigo, para todo o lado.
Eu teria apenas dois inimigos, a borracha e a afiadeira. A borracha porque apagaria as minhas preciosas palavras e a afiadeira porque me afiaria muitas vezes e me partiria o meu precioso bico, muitas e muitas vezes.
Eu seria muito cobiçado por toda a gente.
Quando José Jorge Letria se reformar-se e falecesse eu gostava que ele me doasse a um museu, onde todos me pudessem ver, sem me estragar.
José Pedro
Se eu vivesse no tempo do Viriato
Se eu vivesse no tempo do Viriato seria um nobre romano. Mas eu não era um nobre qualquer, eu teria a pura confiança do imperador. Na altura estávamos em plena guerra contra outros povos. E o pior é que em Roma estava tudo muito agitado. No início previa-se uma vitória fácil. Mas quando chegou o momento, o fácil acabava por se tornar difícil. Já a meio da batalha a sorte acabava por se virar para o nosso lado. No final não derrotámos todos os inimigos, mas eles acabaram por desistir.
Como as coisas em Roma não estavam a correr da melhor forma todos os nobres foram destacados para uma reunião, com o imperador. As ideias que começaram a surgir do imperador não me estavam a agradar lá muito. É que ele queria que os homens dos povos que eram derrotados, fossem metidos no exército, enquanto que nós, ficávamos a ver os dias passar. Para mim um soldado tem que ser honrado pela sua determinação e coragem e não por coisas que não faz. A ideia do imperador prosseguiu para a frente e por isso eu decidi abandonar Roma.
Certo dia, eu fui ter com Viriato, o chefe dos Lusitanos, para que juntos conseguisse-mos derrotar os malvados romanos. Mas ao que pareceu o imperador acabava de mostrar porque era o imperador do império romano ao subornar dois Lusitanos para que matassem Viriato. E não é que a missão foi realizada com sucesso! De repente, os romanos desafiaram os Lusitanos a combater pela Península Ibérica e estava visto que os romanos não podiam recusar. Como já sabia as tácticas dos romanos derrotei o exército romano quase todo. Como prova da minha determinação e coragem coroaram-me o rei da Península Ibérica.
Miguel
Se eu vivesse no tempo do Viriato
Se eu vivesse no tempo do Viriato seria uma Dama da Nobreza, que viveria com o meu pai, o chefe dos soldados e com as minhas aias. Eu seria uma Dama Lusitana e o meu pai seria o Viriato.
O meu nome seria Urraca e eu teria uma irmã mais velha Sancha.
Estaríamos em tempo de guerra, contra os Romanos. Eles seriam muito fortes, mas com o meu pai como chefe, nada poderia falhar. O meu pai seria muito experiente, porque enquanto era criança não teria tido qualquer outra brincadeira se não lutar.
O meu pai, nesta última guerra, ter-se-ia ferido gravemente no braço, por isso não poderia continuar a lutar. E sem ele os lusitanos perderiam. Então sem ninguém saber, eu pegaria no fato de soldado do meu pai, vesti-lo-ia e …
Logo de seguida iria direitinha ter com os companheiros do meu pai, e diria-lhes:
_ Vamos, meus cavalheiros, vamos enfrentar estes monstros nojentos.
Para uma linda Dama estaria a sair-me muito bem...
Os Romanos seriam animais horripilantes, pois eles adorariam magoar tudo e todos. Antes da guerra recomeçar eu iria ao mercado do povo comprar algumas coisas para tratar do ferimento do meu pai. Na noite seguinte, durante a noite, eu acordaria com um grito assustador. Viria do quarto do meu pai. Eu bateria à porta mas o meu pai não responderia. Entraria no quarto e de repente teria de começar a chorar, a gritar e mesmo a bater no chão.
O meu pai estaria morto. Quase não aguentaria a dor daquela tristeza. Os Lusitanos estariam feitos ao bife.
Já não teríamos quem nos protegesse, pois sem o meu pai, não haveria luta para vencer. Mas só me lembraria que enquanto eu fosse criança, o meu pai me teria dito que quereria que eu fosse a chefe dos seus companheiros, mesmo sendo mulher. Lá me passava aquela tristeza, mas eu nunca esqueceria o meu pai Viriato.
Madalena
Se eu vivesse no século I
Era uma vez, eu, no século I. Era um chefe militar das tropas romanas.
Eu vivia numa enorme vila de que todos tinham inveja.
Na torre de vigia, mal davam o alerta, eu calçava logo as minhas botas, vestia a armadura e dirigia-me para lá.
Uma vez houve uma batalha que foi muito difícil de travar.
Faltavam quinze minutos para o meio-dia, quando o imperador romano decidiu retirar terras a um outro imperador.
Para que esse ideal se realizasse teve de se iniciar uma batalha.
Preparávamo-nos nós, nos campos e a formatura começou.
__ Soldados, apresentar! Seteiros, apontar __ gritei eu.
Das nossas enormes muralhas os seteiros com arco e flechas disparavam a todo o segundo. Os cavaleiros montados a cavalo tinham ou lanças ou espadas mas sempre protegidos por um escudo.
Mas não era só isto! Alguns soldados libertavam chitas, tigres, leopardos, leões domesticados de modo a combaterem os inimigos dos romanos. O meu exército era composto por 20 000 homens e 525 animais.
A batalha durou muitos dias até que, numa manhã, disse ao imperador:
__ Meu senhor, tive uma ideia! Podemos atacá-los por mar, de barco..
Dito e feito. Depois, 25 barcos passaram sorrateiramente junto a terra e zás.
Acabaram feitos num oito. Vencemo-los tão facilmente que na batalha quase nenhum soldado se magoou.
Num domingo, já à tardinha, um criado do imperador chama-me ao palácio.
__ Estou quase a morrer e quero dizer-te que és o novo imperador de Roma.
Eu aceitei e governei aquele reino, Roma, e daí para a frente travei imensas batalhas.
DIOGO MARÇAL
Se eu vivesse no século I
Se eu vivesse no século I seria um membro do povo. Brincaria nas estradas com pedras, seria muito divertido ir para os quintais das nossas casas pobres, com as paredes todas rachadas, tudo partido.
Teria bonecas feitas de pano que a minha mãe e a minha avó me fariam. Adorava brincar com elas, era muito divertido.
Às vezes iria com a minha mãe vender mel das abelhas mas vendíamos pouco pois as pessoas não gostavam muito de mel e preferiam leite.
O meu pai seria um soldado valente que combateria em grandes batalhas.
Nós teríamos que dar ao rei um pouco daquilo que ganhávamos.
Também ajudaria a minha mãe a cultivar a terra, porque mesmo com a minha idade já percebia o que nós sofríamos.
Cultivaríamos arroz, feijão, abóbora, tomates…
Às vezes também iríamos vender o que cultivávamos, isso já se venderia melhor.
Mas como já vos disse, uma parte dos alimentos eram também para o rei por isso, às vezes, não trabalhávamos só para nos sustentar.
Também gostaria de ir para o jardim da praça brincar com as minhas amigas.
Jogávamos à “macaca”, ao “macaquinho do chinês”…
À noite, não veríamos televisão pois na verdade não existiam. Jantaríamos e logo a seguir, depois da minha mãe lavar a loiça, iríamos para a cama.
Dormiríamos descansados a sonhar com o que tínhamos vendido. Podia ser pouco mas era melhor que nada.
Carlota
No parque de diversões
Eu divirto-me bastante
Ir ao parque de diversões é muito excitante
A montanha russa deixa-nos enjoados
E a casa assombrada amedrontados.
Os cachorros são tão deliciosos
Que nos deixam babosos
O carrossel tem chávenas de chá
Se na verdade tivessem já nada havia lá.
A roda gigante anda devagar
Mas vai tão lançada que nada a vai parar
A montanha russa para os pequeninos
Tem lá rãs e girinos.
Margarida Serra
Ir ao parque de diversões é muito excitante
A montanha russa deixa-nos enjoados
E a casa assombrada amedrontados.
Os cachorros são tão deliciosos
Que nos deixam babosos
O carrossel tem chávenas de chá
Se na verdade tivessem já nada havia lá.
A roda gigante anda devagar
Mas vai tão lançada que nada a vai parar
A montanha russa para os pequeninos
Tem lá rãs e girinos.
Margarida Serra
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