Num dia de sol fui a casa da minha avó. Ao ir à sua horta encontrei um crocodilo.
Olhei para ele, era bebé e decidi levá-lo para casa.
Ainda bem que os meus pais não estavam em casa, estavam em París.
Então fui comprar um aquário de crocodilos bebés para levar para casa.
Quando cheguei a casa organizei tudo: comecei a por água no aquário e depois deixei o crocodilo a brincar dentro de casa.
Acho que não foi boa ideia deixá-lo solto pela casa, porque ele saltou para os cortinados e rasgou-os, saltou para cima dos móveis e partiu a louça toda que estava em cima.
Então, quando já tinha acabado de por água no aquário, meti o crocodilo lá dentro e ele sentiu-se confortável na sua nova casa.
À hora das refeições eu deitava a sua comida dentro do aquário e ele comia-a.
Os dias foram passando e o crocodilo ficava cada vez maior. Então decidi pô-lo na piscina, mas ele continuou a crescer e deixou de lá caber.
Então fui pedir ajuda ao meu vizinho, ele levou o seu tractor e carregei o crocodilo para cima do reboque.
Aí despedi-me dele, dei-lhe um grande beijinho na sua cara e ainda lhe dei a sua comida preferida. Então o meu vizinho pôs o tractor a trabalhar e carregou no acelarador.
Escorriam-me lágrimas pelos olhos já a pensar que tinha de me separar do crocodilo.
Mas limpei as lágrimas e fiquei contente de ter cuidado do crocodilo bebé até ser um crocodilo adulto.
Quando os meus pais chegaram a casa guardei segredo e não lhes contei que tinha um crocodilo em casa , mas... os cortinados estavam rasgados e a louça estava partida...
Não havia crise, peguei na meu mealheiro e fui comprar o que o crocodilo tinha estragado.
Pedro Mendonça