O coelhinho da Páscoa que queria pintar os ovos mas não tinha tinta…

Era uma vez um coelhinho de pêlo branco e olhos coloridos. O coelhinho vivia na Coelhinholândia. Preparava-se para o concurso que ia haver de pintar ovos.
A sua família ganhava sempre. Nunca, em nenhum ano, perdeu.
Ele pensava que a sua vez era a mais importante.
O coelhinho tinha um problema: não tinha tintas para pintar.
- Amigos, mãe, pai, irmão, primos, tios e tias têm tintas para eu pintar? O concurso de pintar ovos é daqui a uma semana __ disse o coelhinho aflito.
As respostas foram não, já tinham gasto as tintas todas.
Sendo assim, o coelhinho partiu para fora da cidade em busca das tintas mágicas.
De madrugada chegou à selva e viu uma família de leopardos muito simpática, que o deixou abrigar-se em sua casa.
De manhã encontrou macacos e disse:
- Procuro tintas mágicas para um concurso de pintar.
- Eu posso ajudar-te, vamos falar com a conselheira da selva.
Fizeram uma longa caminhada para chegar à praia da conselheira da selva, a senhora tartaruga.
- Eu recomendo-te que vás ao altar das coisas mágicas, onde tudo há, mas tens de passar por armadilhas muito perigosas…
O coelhinho precisou da ajuda dos animais.
Subiu a montanha mais alta da selva e disse:
- Preciso de ajuda para ir ao altar das coisas mágicas, a quem for comigo darei uma recompensa.
Todos foram e quando se passavam armadilhas davam pistas.
Passaram todas as armadilhas e a última era mostrar a sua habilidade na pintura, para entrar e, claro, teve sorte. O problema era que precisava de tintas, mas conseguiu porque fez o desenho com a mente.
O coelhinho ganhou o concurso na Coelhinholândia e os outros animais passaram férias nas praias de Macau como recompensa. Aquele era o prémio dele mas deu-o aos amigos.

Miguel André Martins