O coelhinho da Páscoa que não tinha tintas para pintar os ovos

Era uma vez um coelhinho chamado Franco.
O coelhinho Franco gostava muito de pintar os ovos da Páscoa.
Num lindo dia, quando o Franco ia para pintar os ovos, viu que a tinta se tinha acabado:
- Eu vou às compras – pensou ele e lá foi...
No meio do caminho o coelhinho lembrou-se:
-Eu não posso comprar estas tintas, têm de ser tintas especiais!!!!
O coelhinho só sabia de um sítio onde podia encontrar as tintas especiais, que era na Floresta Deserta.
O Franco foi para a Floresta na sua “Nave Ovo”.
No caminho encontrou um cãozinho perdido. Como ele viu que não tinha coleira decidiu ficar com ele e dar-lhe o nome de ZEN.
Os dias foram passando e ele continuava a precisar de encontrar as tintas.
De repente, apareceu um anão, por mistério, que lhe disse:
-Precisas de tintas, não e verdade? -disse o anão.
-Como é que tu sabes? – perguntou o coelho.
-Quando tu sabes eu sei! -disse o anão – é só seguires este mapa, mas olha não te esqueças que não é Natal todos os dias!
O Franco e o cão seguiram o tal mapa que o anão lhes tinha dado, mas perderam-se.
Como eles não sabiam ler o mapa tentaram procurar indicações, mas não conseguiram.
O Zen ladrou três vezes porque entretanto encontrou uma placa.
O Franco avistou dois caminhos, mas tinha a certeza que era o da direita.
Esse caminho levou-os a um castelo muito escuro e um bocado velho, mas aí era onde se guardavam as tintas tão especiais da Páscoa.
- Pum Catrapuns!
-Ó não, caímos numa armadilha! - gritou o coelho.
O Franco quis subir no escadote mas já o tinham levado, assim tiveram de ficar no poço muito fundo. Nas noites que ali ficaram aqueceram-se numa fogueira que eles próprios fizeram mas as cinzas sujavam-nos todos .
À meia-noite o coelho Franco subiu as pedras do poço mais o seu cão, pegaram na armadura do corredor do castelo e combateram cento e vinte guardas.
O Franco estava já a ver o seu tesouro, as suas tintas, e o cão gritou:
-Cuidado!
O Franco olhou para trás e espetou a sua espada no corpo do Demónio.
- As nossas preciosas tintas...
-Tens de passar por mim coelhinho Franco – disse o Demónio.
Eles lutaram durante dia e noite e já estavam a ficar cansados até que o Demónio fez um feitiço.
O Franco parecia morto.
-Não, não, não. – gritou o Zen.
O seu cão Zen rezou mais de quinhentas vezes.
E deu resultado, porque ele estava a rezar muito a sério.
O coelho Franco pegou na sua espada e matou o demónio.
Os dois foram buscar as tintas para os ovos e foram-se embora.
Tiveram o melhor dia de Páscoa cheia de guloseimas e muitos ovos.
E viveram felizes para sempre.

Margarida